Criança de 6 anos morre ao lado da mãe após ser medicada em hospital; um minuto após receber um remédio na veia, ela começou a passar mal
Uma tragédia abalou uma família da Cidade Ocidental, em Goiás, região do Entorno do Distrito Federal, após a morte repentina de Maria Eduarda Ferreira da Silva, de apenas 6 anos. A menina havia sido levada ao hospital municipal na manhã desta terça-feira (15/4) com sinais de uma crise asmática, mas faleceu pouco depois de ser medicada.
Segundo relato dos pais, Maria Eduarda chegou andando à unidade de saúde e, logo após receber um medicamento na veia, começou a apresentar sinais de piora. Em apenas um minuto, a criança teve uma parada cardiorrespiratória. Revoltada, a mãe, Ana Alice Ferreira, de 27 anos, desabafou: "Mataram a minha filha".
O pai da menina, Eduardo Silva, de 38 anos, contou que a filha faleceu ao lado da mãe, instantes após a aplicação do remédio. O laudo médico, ao qual o portal Metrópoles teve acesso, relata que Maria Eduarda apresentava desconforto respiratório decorrente de uma crise de asma, sem outras queixas clínicas no momento da entrada no hospital.
Durante a consulta, foi prescrito um medicamento intravenoso, hidrocortisona. O prontuário indica que, após a aplicação, a criança "se apresentou irresponsiva, sem pulsos periféricos e centrais, cianótica, pupilas ficas e midriáticas". Em seguida, entrou em parada cardiorrespiratória.
A equipe médica tentou reanimá-la por cerca de duas horas, em um box de emergência, mas sem sucesso. O óbito foi confirmado por volta das 9h50. Segundo consta no documento, o médico responsável pelo atendimento afirmou que "oferecia conforto aos familiares e os orientou a realizar boletim de ocorrência".
Tomado pela dor, Eduardo gravou um vídeo à porta da delegacia local, publicado pela página Radar Ocidental, onde chora ao relatar o que acredita ser uma dosagem incorreta administrada na filha. Em prantos, ele pede que a morte de Maria Eduarda não fique impune.
Em resposta à repercussão do caso, a Prefeitura de Cidade Ocidental, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou uma nota oficial. A mãe da menina chegou ao hospital às 7h17, mas só mencionou o histórico de asma depois do início do atendimento. "Segundo relato familiar, a criança não possuía comorbidades ou alergias conhecidas", diz o comunicado.
A secretaria afirmou que os médicos identificaram uma "crise asmática exacerbada" e prescreveram 100 mg de hidrocortisona como parte do tratamento inicial. Pouco tempo depois da aplicação, de acordo com o órgão, "a paciente apresentou súbita piora clínica, evoluindo para estado de inconsciência."
A SMS detalhou que, diante da gravidade do quadro, a equipe médica transferiu a criança para a sala de emergência e iniciou os procedimentos de reanimação. "Após aproximadamente duas horas, infelizmente, não houve retorno da circulação espontânea", declarou.
O caso foi classificado pela prefeitura como "atípico", e o órgão ressaltou a "ausência de diagnóstico prévio de doenças crônicas." A Secretaria garantiu que aguarda os resultados do laudo pericial e disponibilizou toda a documentação médica à família. Por fim, expressou "solidariedade e pesar".
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