Uma das novelas mais lembradas da história estreou há 57 anos e foi uma superprodução de grande orçamento e aclamada com prêmios; saiba tudo
Publicado em 09/07/2025, às 07h30
Há 57 anos, uma superprodução chegou às telinhas da extinta TV Excelsior. Trata-se de A Muralha. Além de adaptar uma obra e receber prêmios no Troféu Imprensa, o orçamento grandioso tornou a novela uma das mais queridas da bolha noveleira.
A adaptação do livro de mesmo nome, de autoria de Dinah Silveira de Queiroz, recebeu um elenco de peso: Fernanda Montenegro, Rosamaria Murtinho, Nathália Timberg, Mauro Mendonça, e mais. Entre os prêmios recebidos pelo Troféu Imprensa, estiveram o de melhor novela, melhores diretores, melhor ator para Stênio Garcia e Montenegro como melhor atriz. Nilson Xavier, do Teledramaturgia, relembra que a superprodução teve um orçamento de 200 milhões de cruzeiros e, possivelmente, teve um aumento neste valor por conta da proporção que a novela tomou.
Xavier ainda destaca duas sequências inesquecíveis: o ataque dos indígenas e o cerco dos paulistas ao arraial da Ponta do Morro. Ao todo, esta última sequência teve 400 pessoas necessárias para montar o embate entre paulistas e emboabas.
Nilson também pontua que a atriz Cleyde Yáconis apareceu em apenas um capítulo e marcou a novela: foi uma mulher de São Paulo que inspirava outras mulheres a não receberem seus maridos em casa enquanto eles não voltassem para a guerra contra os emboadas.
Arlete Montenegro, intérprete de Cristina, narrou ao livro Glória in Excelsior, de Álvaro de Moya:
“A Muralha tinha cenários de dois andares, foi um trabalho de ator, de cenários, uma produção inesquecível… Imagine que o ator norte-americano Larry Hagman [que fazia sucesso na época com a série Jeannie é um Gênio] (…) veio passar umas férias no Brasil. Visitando São Paulo e a TV Excelsior ele viu o cenário de A Muralha e não entendia que aquilo pudesse ser só televisão."
Por fim, o jornalista também relembra que, antes da versão de 1968, duas versões bem mais simples já tinham acontecido: em 1958, na extinta TV Tupi e em 1963, na TV Cultura. Em 2000, aconteceu uma nova adaptação da novela em formato de minissérie e escrita por Maria Adelaide Amaral, com a história se passando, desta vez no século 17 e com novos personagens e tramas.
Mauro Mendonça interpretou duas vezez o protagonisa Dom Braz Olinto e usou o mesmo bordão ("Diacho!") tanto na primeira quanto na segunda. Stênio Garcia também esteve em ambas, mas com personagens diferentes: na de 1968, foi Aimbé e na de 2000, Pajé Caraíba.
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