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Novelas / Em 2007

Globo perdeu público com novela sobre bruxaria há 18 anos

Trama da Globo com protagonistas praticantes da religião Wicca passou por mudanças após enfrentar baixa audiência

Cena de Eterna Magia - Reprodução/Globo
Cena de Eterna Magia - Reprodução/Globo

Em 14 de maio de 2007, há 18 anos, a Globo estreava Eterna Magia como sua nova novela das seis. Primeira novela solo de Elizabeth Jhin, a obra era protagonizada por mulheres praticantes da religião Wicca e não caiu no gosto da audiência. A emissora perdeu público com o enredo sobre bruxaria e precisou mudar a trama.

Estreia conturbada

Após mais de uma década como colaboradora, inclusive dividindo a autoria de Começar de Novo com Antônio Calmon, Elizabeth Jhin decidiu mergulhar em um universo pouco explorado na teledramaturgia nacional: o das bruxas modernas, inspiradas na religião Wicca.

Como relembra o jornalista Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, a trama era ambientada em uma comunidade fictícia de descendentes de irlandeses em Minas Gerais nos anos 1940 e misturava elementos históricos, fantasia e espiritualidade feminina, com bruxas boas, chamadas de valentinas, e bruxas más, as rasputinas.

Apesar do cuidado visual e da proposta inovadora, Eterna Magia enfrentou resistência desde os primeiros capítulos. Segundo Xavier, o público do horário das seis, na época afeito a romances com ares leves e familiares, não se identificou com o tom da narrativa. A ambientação carregada, o visual escuro e as referências diretas à bruxaria causaram estranhamento.

Mudanças na trama

A virada de chave, recorda o Teledramaturgia, veio discretamente no capítulo 32, exibido em 18 de junho de 2007, quando começou a segunda fase da novela. A Globo aproveitou a transição para reduzir os elementos místicos e suavizar a atmosfera sombria que predominava nos primeiros capítulos.

O ajuste estético e narrativo envolveu também modificações nos figurinos e ambientações. A produção passou a priorizar os relacionamentos amorosos entre os protagonistas e diminuiu o foco nas práticas da Wicca. Ainda que a mudança tenha surtido algum efeito nos índices de audiência, Eterna Magia permaneceu longe do patamar de sucesso esperado pela emissora.

Xavier destaca que, apesar da recepção morna, a novela proporcionou momentos memoráveis nos bastidores e revelou novos talentos: foi a primeira experiência em novelas para nomes que se destacariam nos anos seguintes, como Marco Pigossi, Tainá Müller, Isabelle Drummond, Lara Rodrigues, Izak Dahora e Daniela Fontan.

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