Trama da extinta TV Excelsior tinha Susana Vieira no papel de uma jovem que sofreu em vida e morreu, mas permaneceu na novela como espírito
Publicado em 07/03/2025, às 09h17
Em 7 de março de 1966, há 59 anos, a extinta TV Excelsior estreava A Pequena Karen como sua nova novela das oito. Adaptada por Dulce Santucci para as telinhas, a obra tinha um elenco de estrelas. Na época,Susana Vieira tinha 23 anos e interpretou o espírito da pequena Karen, menina que sofreu em vida e continuou na trama após sua morte.
A Pequena Karen se passava em um colégio interno londrino, onde Karen, uma menina de espírito forte e bom humor, era constantemente maltratada pela diretora cruel, Vivian Drummond (Teresa Austregésilo). Em um ato de negligência, Karen foi deixada na chuva e acabou morrendo de pneumonia.
Com medo de que o caso fosse descoberto, Vivian substituiu a garota por sua sobrinha Francis e impôs silêncio a funcionários e alunos.
O que a diretora não esperava era que a verdadeira Karen continuaria aparecendo como espírito pelos corredores do internato, em busca de justiça. A presença da personagem após sua morte trouxe à novela um tom de mistério, incomum nas tramas da época, e marcou uma das primeiras incursões da teledramaturgia brasileira no universo sobrenatural.
Apesar de a novela, segundo o jornalista Nilson Xavier, do Teledramaturgia, não ter repetido o sucesso de sua antecessora, O Caminho das Estrelas, A Pequena Karen foi uma produção marcante da Excelsior. A história, que misturava drama e suspense, mostrou a versatilidade de Susana Vieira ainda no início de sua carreira.
Para Susana Vieira, a trama foi mais um passo rumo a uma carreira de sucesso na TV brasileira. O papel da jovem que retorna como espírito consolidou sua presença na teledramaturgia e demonstrou sua capacidade de interpretar personagens intensas e emocionantes.
A novela, relembra Xavier, também enfrentou desafios nos bastidores, como a saída da atriz Tereza Rachel, que precisou ser substituída por Lídia Costa devido a problemas de saúde.
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